literatura

Sopa de letrinhas: Com eu montei minha pequena Biblioteca

12.01.2015

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Haha, quem vê pensa ! Bom, muitos vão rir de eu classificar minha “junção de livros” de minha pequena biblioteca. Mas explico: ter uma sempre foi um dos meus sonhos, desde nova. Parecia algo tão distante. Mas quando me dei conta, eu já estava construindo esse sonho e nem me dera conta. Afinal você não começa uma biblioteca com um milhar de livros. Uma biblioteca é construída aos poucos. Com pequenos títulos que vão se somando ao longo do tempo. Por isso acho que não há um número mágico que diga que você já tem ou não uma pequenina biblioteca que seja. Mas sim como você se sente em relação aos seus livros. Eu hoje sinto cada vez mais orgulho da variedade e qualidade dos meus livros. Alguns bobinhos, alguns clássicos, alguns figurando em Top-vendas enquanto outros são bem desconhecidos. Mas eles todos tem história, uma origem diferente, uma motivação pra compra. E como isso aconteceu ?
Comecei a ler muito cedo e em casa sempre foi valorizada a leitura e o hábito cultivado. Cresci ouvindo meus pais e tios sobre a história de como eu aprendi a ler sozinha aos 5 anos de idade. Na época eu apenas conhecia as letras, como muitas das crianças nessa idade escolar. Mas dizem que eu tinha tamanha avidez pela leitura, que decerto não queria esperar por alguém que resolvesse parar pra ler pra mim. Quando viram, eu estava sentadinha numa escada lendo. Ficaram pasmos.
Na minha infância fui uma consumidora voraz de gibis e livros infantis. Houve uma época que tive uma vizinha que tinha o maior estoque de gibis do mundo (era o que se passava na minha cabeça de criança na época). E toda semana eu passava lá e pegava 3 gibis. Quando terminava de ler, devolvia e trocava por outros 3. Era assim que funcionava. Foi maravilhoso poder ter tido a oportunidade de ler tantos quadrinhos.
Minha infância toda teve a leitura presente. Mas aos 9-10 anos eu comecei a ler já alguns livros adultos. E eu tinha uma fonte fácil: a estante recheada da minha mãe, que era assinante do Clube do Livro e portanto fazia compras de livros com frequência. Com certeza foi uma inspiração e um modelo que segui. Até os meus 18 anos eram os livros da escola e da mãe que satisfaziam minha curiosidade literária.
A outra fonte de livros vinha da escola. Desde a primeira vez que fiz meu cartão na biblioteca da escola nunca mais deixei de fazê-lo e passei boa parte da minha vida escolar sendo uma frequentadora assídua para retirada de livros. 
Durante a fase de vestibular li muito devido às indicações pras provas. Mas na época de faculdade foi um caos: parei de ler quase tudo par ler apenas literatura técnica. No entanto foi ali que realmente comecei a compor minha paixão não apenas mais por ler .. mas por ter os livros. Até então todos os meus livros haviam sido ganhos. Passei então a investir neles, centrando o investimento em livros de literatura técnica profissional.
Embora centrada na literatura técnica, foi na época de faculdade que descobri uma outra fonte interessante de livros instigantes: os sebos. Mas as compras eram raras: na época o único sebo bom que eu conhecia ficava em Balneário Camboriú. Por cerca de 3 anos esperava ansiosamente pra chegar as férias e correr pra lá pra garimpar preciosidades. A alegria durou pouco: com o tempo ele passou a ser como os outros sebos: encontrar preciosidades ficou cada vez mais difícil.
Mas foi na finaleira da faculdade que conheci uma forma fenomenal de acumular pequenos tesouros literários: aguardando as promoções nas livrarias virtuais. O primeiro site que conheci e onde fiz minha compra virtual foi no Submarino. Mais tarde viria o consumo na Siciliano (que por anos seria minha livraria favorita) e por último a Saraiva (pra quem não sabe, antigamente Siciliano e Saraiva eram lojas diferentes).
Se te causou surpresa eu dizer que esperava por promoções, explico: há 10 anos atrás o consumo virtual não era como hoje. As pessoas tinham muito medo de comprar pela internet. As livrarias virtuais precisavam atrair o público e claro, aproveitavam também pra se desfazer de livros encalhados. A forma de fazer isso era fazendo grandes promoções com descontos incríveis. 
Mas então é como hoje ? Não ! A diferença é que naquela época essas promoções demoravam muito mais pra acontecer (hoje rolam a todo momento) e quando aconteciam incluíam sempre uma pequena seleção de livros mais caros. Hoje os descontos podem até ser generosos mas raramente atingem livros de maior valor comercial ou mais desejados.
A decisão da primeira compra foi realmente estimulada por livros incríveis com super descontos. Hoje seleções mais difíceis de se ver. E não ter cartão de crédito na época não foi fator impeditivo pra arriscar nas compras virtuais. Essas grandes lojas sempre ofereceram a opção de compra com boleto bancário. Se você teme usar seus dados bancários, saiba que ao comprar com boleto você fornece apenas dados pessoais e de endereço. Apenas seja sensato: se está começando no mundo virtual, escolha bem onde comprar. Dê preferências para os sites renomados.
Mas foi através dessas promoções que ao longo dos anos fui ficando uma cliente cada vez mais fiel das livrarias virtuais. Hoje a livraria que eu mais compro é a Saraiva. Muito raramente compro no Submarino. E raríssimas vezes comprei em outras livrarias virtuais. 
E hoje é também é incomum eu comprar em livraria física. Quando compro é geralmente porque:
  • Tenho urgência no livro
  • Estou em trânsito (viajando) e quero algo imediato pra me distrair
  • Estou afim de gastar e não sei no quê (e aí, nada melhor do que entrar numa livraria e folhear livros pra escolher coisas diferentes)
Mas sou superfã de 2 livrarias físicas: Mega Saraiva (presente nas grandes cidades) e a Cesma (Cooperativa de Estudantes de Santa Maria). Aqui em Foz é muito pobre em livraria: a Nobel daqui é fraquíssima em variedade e a Kunda é maravilhosa em variedade mas eu não consigo deixar de ter a imagem dela de uma livraria caríssima (eu nem sei se ainda é, no passado era … mas a imagem ficou). 
Mas eu gosto de ir em livraria física porque é quando você consegue ver mais e melhor coisas diferentes. Nas livrarias virtuais eu centro no que conheço ou já ouvi falar ou o título me chama a atenção. Nas físicas você pode folhear de tudo, ver com calma o sumário, abrir a mente pra expandir o gênero literário a ser comprado. Mas a melhor parte é a fonte inesgotável de páginas pra cheirar e cheirar a vontade hahaha. (só um verdadeiro amante dos livros vai saber do que estou falando rsrs).
Mas a maioria dos meus livros (tirando os técnicos) foram comprados em promoções em livrarias virtuais. Com paciência, você pode pesquisar e buscar por promoções. Eu nem sempre espero uma propaganda ou receber um email divulgando pois as ofertas são bem mais frequentes agora e basta procurar pelo link na livraria. E pra economizar mais ainda eu só fecho a compra se eu tiver separado livros suficientes pra ter direito a frete grátis (por isso adoro a Saraiva, que é quem oferece frete grátis pra valores não tão altos de compra). As vezes só pelo fato de não ter atingido o frete grátis, deixo de fechar uma compra e espero por uma próxima promoção.
Também evito comprar livros lançamento, pois eles sempre baixam de preço depois. E quanto mais recorde de vendas ele for, maiores as chances dele baixar o preço. Alguns deles eu sei que nunca entrarão em promoções espetaculares, então também não adianta esperar demais.  A gente vai aprendendo a reconhecer melhor o que realmente vale a pena comprar ou não nessas promoções.
Outra fonte interessante são os sebos e Feiras de Livros. Há quem achei particularmente interessante um livro cheio de histórias misteriosas sobre seu antigo dono, com dedicatória e até mesmo rabiscos. Eu particularmente vasculho nos sebos os livros mais bem conservados o possível. Alguns meus você nem diz que foram comprados em sebo. E nas Feiras vale a pena procurar pelos balaios dos saldões. Em geral não vejo muita vantagem nas feiras para compra de livros que estejam muito em voga, pois os valores não costumam ser especialmente atrativos.
 
Mas enfim, e foi assim que fui comprando meus tesouros. Hoje eu compro mais livros do que consigo ler, mas é mais forte do que eu. Primeiro porque as promoções ficaram mais frequentes. Segundo porque eu ampliei meu leque de leitura. Terceiro porque eu tenho menos tempo pra ler do que antigamente. E quarto porque sou uma viciada inveterada por um livro novo. 
Mas e agora, quer conhecer um pouco mais dos livros que tenho ? Então aguarde o próximo post, que virá acompanhado de um vídeo com um tour pelos meus livros, pra que vocês conheçam um pouco mais sobre o meu gosto literário.
 Até lá ! Beijokinhas de Pimenta !

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