DICAS DE FOZ

O Passeio do Refúgio Biológico da Itaipu é imperdível

22.02.2020

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Passeio do Refúgio Biológico Bela Vista

 

Depois de anos morando em Foz do Iguaçu somente recentemente tive o imenso prazer de conhecer e fazer o passeio do refúgio biológico da Itaipu. Que incrível passeio !

Por muito tempo evitei fazê-lo pois achava que seria um mero zoológico com finalidade de entretenimento. Ainda que servisse de abrigo para animais resgatados, imaginava que no final das contas a vitrine dos animais era o foco do local.

Que ledo engano. O trabalho no Refúgio é muito lindo e está imensamente longe disso. Aliás, tão longe, que ele não engloba apenas os animais. O Refúgio engloba a preservação em múltiplos aspectos, incluindo fauna, flora, pesca.

 

SOBRE O ACESSO AO PASSEIO

Em primeiro lugar a entrada no Refúgio não é livre. Ou seja, não é como as Cataratas, que fica aberta para todos que quiserem entrar naquele período. É necessário agendar esse passeio.

A entrada no Refúgio Biológico Bela Vista é regrada, ou seja, existe um número limite de ingressantes a cada horário de visitas e existem horários de visitação específicas por dia.

Isso mesmo. Existe horário para visitação dos animais. São vários horários, ainda assim, não é por livre demanda. São em torno de 4 a 6 horários, 6 x na semana.

Um dos objetivos dessa restrição é justamente manter o foco deles no trabalho principal que é o trabalho pela preservação e bem-estar dos animais. Por exemplo, quando passamos pelos recintos dos animais, no final das contas, cada grupo que ingressa fica apenas alguns minutos que seja em frente a cada recinto de cada animal.

Sendo assim …. de um total de 24 horas, o animal não é importunado e exposto continuamente como nos zoológicos comuns. Isso traz menos stress aos animais.

 

Sobre o Passeio – Estrutura e Tempo de Passeio

 

Para termos acesso ao Refúgio, é necessário a compra ou agendamento prévio do passeio e comparecer com meia hora de antecedência na Central de Visitantes da Itaipu.

Da Central de Visitantes partem os ônibus que se dirigem para os seus respectivos passeios (visita técnica, passeio panorâmico, etc). No caso do Refúgio a gente faz o passeio numa espécie de charretinha, grandona, bem bacana, com uma pegada bem aventureira.

 

 

O passeio dura 3 horas e você não vê essas 3 horas passar. Juro ! Desse total, são 20 minutos de deslocamento até o refúgio na tal “charretinha”, 40 portanto ida e volta. Mas é tão gostoso o passeio, e como é guiado, na ida a gente vai já recebendo informações e nem percebe o tempo passar. E na volta, a cabeça vem recheada com os momentos que acabamos de vivenciar, quando eu vi, já estava na Central de Visitantes.

Já no Refúgio, o trajeto é todo a pé. As caminhadas são realizadas em trilhas e eu pude ir com minha bolsa estilo mochila. Durante o trajeto existem alguns pontos onde há paradas para quem quer utilizar banheiros e ainda com bebedouros com água geladinha. A estrutura é realmente muito boa.

Ali na própria recepção do Refúgio, antes de iniciarmos a caminhada, já me surpreendi pela estrutura do local e podermos contar com wifi liberado para uso naquela região. Por ser uma área de mata e tão longe da cidade, isso me deixou surpresa.

Sobre o Passeio

 

A primeira fase, de trilha, é muito gostosa para quem curte vivenciar a experiência de imersão na mata, inspirar o ar puro, sentir a energia da natureza.

Em geral eu não costumo ser muito ligada em visitas “botânicas” digamos assim, rsrs. Digo pelas minhas experiências anteriores visitando Jardins Botânicos em alguns outros locais. Não entendo nada de plantas !

Mas eu curti muito a trilha com as informações que fomos recebendo do nosso guia acerca das espécies de árvores que fomos encontrando pelo caminho. Várias são identificadas com plaquinhas. E tudo fica ainda mais encantador pois há dado momento da trilha onde somos convidados a participar de uma experiência prática.

 

 

Fomos convidados a ajudar nos plantios e levar nossa futura plantinha para o viveiro onde ela poderá se desenvolver e um dia irá ser distribuída para algum lugar para ajudar a reflorestar nosso planeta. Foi tão incrível poder participar desse momento.

 

 

 

 

Além de conhecer um pouco sobre os processos de auxílio a preservação de espécimes vegetais nos viveiros florestais, a Casa das Sementes, toda a estrutura voltada ao cultivo das plantas ornamentais que floreiam as estruturas da Itaipu, depois partimos pra conhecer um pouco da área de preservação dos peixes.

Pudemos conhecer um pedacinho do canal da Piracema e um pouco do trabalho da Itaipu também voltado na preservação das espécimes de peixes da região, em como auxiliam no desenvolvimento sustentável e social dos pescadores para que possam se sustentar enquanto não podem pescar várias espécies durante a piracema. É um trabalho maravilhoso.

Na verdade não é que eles não podem pescar durante a Piracema. Enquanto os peixes cruzam o Canal da Piracema para reprodução, fica proibida a pesca de espécies nativas, nem todos os peixes são proibidos de pescar. Existe toda uma legislação referente aos locais permitidos, tipos de peixes, tipo de pescador, tipo de artefato usado pra pesca, muitas coisas influenciam.

 

E depois claro, pudemos conhecer a área voltada aos animais. Quando falamos no Refúgio, pensamos logo nos animais e achamos que o Refúgio é apenas isso. Mas vejam só quanta coisa vimos antes de chegarmos na área dos animais.

Lembrando que o trabalho com os animais também é um trabalho voltado ao amparo, refúgio e se possível retorno dos animais ao seu ambiente quando isso for possível.

Muitos dos animais que lá se encontram na verdade não tem condições de voltar para a natureza, ou lá estão por outros motivos. Como aves que não podem mais voar adequadamente, porque sofreram acidentes por exemplo.

Um dos momentos mais emocionantes é a finaleira do passeio quando nos deparamos com a onça pintada e seus filhotes. O nascimento destes 2 filhotes foi muito divulgado aqui na nossa região e comemorado por ser uma espécie ameaçada de extinção.

Um dos filhotes é malhadinho e o outro preto, são a coisa mais amada, já estavam com 7 meses no dia da visita e já estão muito espertos. Agora o pai não fica mais com os filhotes pois ele mataria eles se ficasse junto. Que dó !

 

 

O guia estava contando que nesta semana que fizemos a  visita a mãe onça estava ensinando pela primeira vez as oncinhas a subir em árvores. Olha que lindo ! Ele disse que eles não gostaram muito. Que o que eles gostam mesmo é de nadar no lago. Tem um lago dentro do recinto deles.

Pois é, eu quando criança adorava ler gibis e sempre achei que pra fugir da onça você tinha que pular no rio (era o que o Chico Bento fazia). Mas na verdade as onças são exímias nadadoras. Então é a maior furada pular no rio pra fugir da onça, rsrs.

Em resumo digo que foi um passeio maravilhoso. Uma delícia mesmo, não vi as horas passarem. Valeu muito a pena e recomendo a todos que façam se tiverem a oportunidade.

Pra saber antes de fazer o passeio do Refúgio Biológico Bela Vista

Algumas dicas importantes :

  • Usem calças compridas por conta dos insetos
  • Usem repelentes
  • Levem uma garrafinha de água (tem bebedouros para repor no caminho)
  • Nas regiões de mata a temperatura é mais alta
  • Usem calçados confortáveis
  • Não tem onde comprar nada para comer ou beber por lá (somente no Centro de Visitantes)

Vejam o Passeio em Vídeo

 

Fiz um vídeo no Youtube mostrando meu passeio pelo Refúgio Biológico Bela Vista / Itaipu, onde dá pra conferir com mais detalhes como é o passeio e detalhes da minha manhã por lá. Pra quem curte ver tudo de mais pertinho, é um prato cheio, visite meu canal no youtube clicando no link pra ver o vídeo.

E era isso.

Até a próxima !

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Paty Martinez no Youtube

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