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Aventuras no Paraguai: atravessando a Ponte da Amizade de Moto-táxi

23.11.2014

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Sempre surgem dúvidas sobre as melhores formas de atravessar a fronteira. E eu particularmente acho que há vantagens e desvantagens em boa parte delas: seja a pé, de ônibus, de táxi, de van. Mas se há um meio que eu não recomendo é através de moto-táxi.
Sabe aquela história, faça o que eu digo e não o que eu faço ? Pois éh !
Mas e porque eu não recomendo ? Oras, pelo mesmo motivo pelo qual não deveríamos andar de moto: porque o troço é uma arma ambulante, um pedido público de fratura, uma ameaça ao nosso próprio corpo. Uma estrutura feita pra cair ! Ou seja, segurança.
Alguns se surpreendem com isso, mas esse meio de transporte não existe em todas as cidades. Tem muitos lugares onde são proibidos os moto-táxis. Eles só podem funcionar para o transporte de cargas, mercadorias, encomendas, documentos, etc.
Aqui eles existem e é controverso se há realmente algum meio de controle sobre a regularização das motos e seus motoristas. No Paraguai mesmo as motos são muito velhas e os motociclistas correm feito doidos. 
Como o tráfego na ponte é muito conturbado, há frequentemente muitas filas, eles vão se acostumando cada vez mais a correr e se esgueirar por entre carros, ônibus e pedestres. Acabam fazendo isso até mesmo quando nem é preciso.  
O serviço de moto-táxi custa em torno de R$ 10,00 pra ir da avenida principal do Paraguai (San Blás) até o Big ou até a Rodoviária de Foz por exemplo. Eu sei porque são dois destinos que já usei algumas vezes. Já de ônibus você vai pagar em torno de R$ 4,00 ou R$ 4,50, algo assim.
A vantagem é que de moto-táxi você dificilmente é parado. A menos que você esteja carregando um embrulho gigante de eletrônico, umas sacolas suspeitas, enfim. Também é um meio super rápido de atravessar quando as filas estão grandes, mas é o mesmo motivo pelo qual não é um transporte seguro. Além da insegurança há ainda o fato de que não é nada fácil se segurar na moto e junto carregar uma sacolada de coisas penduras nos braços. Hard Job ! 
E se você ainda estava pensando se valia ou não a pena, te digo sobre a parte mais difícil: encarar aqueles capacetes sujos e fedidinhos. Um uóhhh !
Mas no final, até hoje, tudo deu certo. Confesso que as vezes me pego pensando, em cima da moto, enquanto sinto aquela ventania no rosto .. pensando: “-se acontecer algo agora, quem será que estará de plantão no pronto-socorro ?” Me dá uma tensão maior ainda pensar nos xingões que vou levar se for algum dos ortopedistas com quem já tanto trabalhei em tantos casos de tratamentos complicados pós fraturas com sequelas graves decorrentes de acidentes de moto. Trabalhei muito com isso e eu recebia todos os meses (TODOS) novos encaminhamentos de tratamentos pra sequelas por acidentes com moto. Então, por isso eu repito, NÃO TENTEM ISSO EM CASA CRIANÇAS rsrsrs.

Mas enfim, compartilho com vocês, como é essa travessia. Bjs !

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