Em dezembro fiz uma viagem super rápida para Santa Maria … questão de menos de 1 dia. Mas peguei uma manhã pra dar uma passeada pelo centro e deu aquela nostalgia dos anos que lá vivi. Fui muito feliz nos 9 anos que morei em Santa Maria … queria ter tido tempo de andar mais por lá.
Mas me deu na louca de fotografar alguns lugares especiais pra mim em Santa Maria. Fiquei impressionanda como andando apenas umas poucas quadras, pouquíssimas mesmo, passei por lugares com tantas lembranças. Vou contara pra vocês o porquê de ter escolhido cada um desse locais pra uma selfie. Vamos conferir ?
obs.: Lembrando que fiquei poucas horas na cidade. Portanto teria muito mais pra falar e mostrar do que me toca na cidade. Mas eu apenas fiz uma rápida andança pelo centro e surgiu de fazer essas selfies. Mas quem sabe no futuro conto mais de outros lugares de Santa 😉
1. O Coração de Santa Maria: o calçadão
Que delícia passear pelo coração da cidade … o tempo passou, a cidade mudou muito, o comércio ampliou-se impressionantemente, mas o calçadão continua pulsante … aquele vai-e-vem frenético e delicioso. Eu sempre curti o calçadão e no meu último ano de cursinho foi com certeza a época que mais dele usufrui. Adorava ler jornal por ali … observar o vai-e-vem entre uma aula e outra … lembranças incríveis. E foi o ano que fiz Sapiens, que ficava no calçadão, eu passava muito tempo lá portanto. É uma via cheia de vida e movimento. Impossível ir a Santa Maria e não auxiliar naquele zigue-zague frenético também.
2. Woltmann
Os melhores sorvetes da cidade. O cascão com sorvete azul era meu preferido! A refrescância no meio do verão escaldante de Santa Maria. Admirava imensamente o próprio ali, sempre firme, vendendo seus sorvetes com afinco. Seu Woltmann sempre foi um exemplo de trabalho pra todos. E mexia comigo, pois via no Woltmann um pouco do meu próprio avô … que morrera alguns anos antes de eu ir morar em Santa Maria. Meu avô tinha um armazém na periferia da cidade e seus deliciosos sorvetes faziam sucesso. Eu lembro bem dos sorvetes que refrescaram minha infância . toda criança acha todo sorvete maravilhoso … mas os adultos diziam que eles eram realmente incríveis. Mas com meu avô se foi a receita; depois da sua morte, o maquinário de fazer sorvetes foi desativado. Eu sempre achava que se meu avô estivesse vivo nesta época, ele talvez teria feito muito sucesso … Seu Eduardo da Carolina (bairro onde morávamos) poderia ter sido o Woltmann do futuro rsrs.
3. Renner
Eu tenho uma relação de amor com a Renner até hoje. A Renner tem um significado grande pra mim porque foi a minha primeira “independência”: ganhar um cartão Renner da tia Xoxa significou muito pra mim na época. Bom, naqueles anos eu faria tantas escolhas importantes na minha vida … claro que as escolhas de faculdade e profissionais iriam preponderar. Mas escolher minhas próprias roupas e fazer minhas próprias continhas era outro passo. Eu até hoje me encontro na Renner. Me sinto em casa. Sempre acho algo que curto. Me identifico. O fato da Renner possuir diversas linhas de roupas, do jovial, ao casual, ao despojado, ao clássico … ajudou pra que ela sempre estivesse presente na minha vida dali pra frente. Nos meus momentos de mais gordice: ali eu sempre sabia que poderia me refestelar sem vendedoras me constrangendo. Até hoje sou fiel à Renner. E foi nessa loja, do calçadão, que fiz meu primeiro cartão Renner e onde fiz minhas primeiras compras. Durante meus anos em Santa Maria, seria praticamente só ali que eu faria minhas compras pela facilidade das vezes pra pagar e por não precisar me justificar pra vendedora se eu provasse o mundo e resolvesse não levar nada ou tivesse que parar num canto pra fazer conta e decidir o que levar hahaha.
4. Panvel
Na época a Panvel não significava muito pra mim. Mas fiz questão de fazer essa selfie porque pra mim hoje é sempre uma felicidade topar com uma Panvel … afinal, quer dizer que estou em solo gaúcho. Me refestelo na Panvel de Santa Maria e Porto Alegre comprando coisas que não preciso só pelo prazer de comprar coisinhas da própria marca da farmácia.
5. Teatro 13 de Maio
Esse teatro tem um primeiro significado importante que é em relação a arquitetura. O que pode representar melhor a cidade do que este Teatro ? Uma pena que o restante da cidade não esteja tão bem conservado … seria uma cidade linda e poderia até ser turística se assim o fosse. Mas ainda que a maior parte dela não seja tão bem conservada e colorida, eu sou apaixonada pela arquitetura da cidade … pelas casas antigas, prédios históricos, pelo concreto e tijolos que contam histórias ! E o Teatro 13 de Maio é com certeza uma das mais belas vistas da cidade. Também tem um significado especial pois foi ali que assisti minha primeira peça: Tangos e Tragédias. Foi lindo, hilário, emocionante. Fiquei fascinada por aquele mundo “cult”. Anos depois, quando fui morar me Porto Alegre, tive inúmeras oportunidades de rever Tangos e Tragédias, mas como sempre tinha pela cidade, adiava … adiava … adiava. Mas o destino também prega peças e Nico Nicolaiewsky, que estrelava a peça junto com Hique Gomez, faleceu em 2014. Enfim … uma pena não ter visto quando pude. Não sei se um dia vou novamente assistir algo no Teatro 13 de Maio mas ele será sempre um marco pra mim.
6. Riachuelo
Como não amar ? Não é segredo para ninguém que eu amava o colégio, amava a faculdade, e sim, pra alguns talvez isso seja uma novidade: sim, eu amava também o cursinho. Odiava mas amava. Sempre gostei de estudar (onde foi parar isso, my god ??!!) rsrs. Enfim, e o Riachuelo e o Master (ambos eram o mesmo cursinho) foram o primeiro lugar onde estudei. Tenho o maior amor por este lugar. Hoje ele é apenas um prédio, visto que boa parte dos meus professores da época que ainda estão na ativa não estão mais lá. Soube que alguns foram pro G10, depois talvez algum outro, não soube mais. Mas tenho lembranças maravilhosas do prof. Ivo, da prof. Regina, da prof Beth, do prof. Gerson, da prof. Jane, do prof. Paulo. Eles foram peças fundamentais pra mim, me ensinaram muito, mudaram a minha maneira de encarar suas respectivas matérias. E claro, não poderia deixar de citar a maravilhosa prof. Ana Jamille do Fóton. Também tive um professor incrível de física lá mas não consigo lembrar o nome dele. Passei por vários professores no Master, Riachuelo, Foton e Sapiens mas com certeza esses foram os pilares do meu estudo. O prof. Ivo em particular. Acho que se eu pudesse, até nos dias de hoje toparia fazer um extensivo por matéria de Matemática e um Matemática Testes com ele. hahaha …. como pode uma pessoa ter feito a matemática fazer tanto sentido pra mim ? Pena que já esqueci tudo :(.
7. Coprobel
Eu nem era muito ligada na Coprobel naquela época mas anos mais tarde fui saber que era ali que ficava a Meca pras comprinhas de beleza haha. Toda vez que vou pra Santa Maria, uma passadinha na Coprobel é certa. Mesmo eu tendo o Paraguai aqui do lado, tendo tanta coisa a disposição em Porto Alegre, eu sempre acho que na Coprobel vou ter meus achadinhos que só lá vou fazer.
8. Paradão da Rio Branco
Ahhhh esse paradão ! Como não fotografar ele ? É nesta boca da Rio Branco que ficava o fervo as 7 da manhã: ali se concentravam os milhares de alunos da Ufsm pra pegar o busão pra faculdade. Claro que não os milhares ao mesmo tempo hehe … mas nossa impressão na época era essa. Ir para faculdade era literalmente uma viagem: 30 min de percurso. Particularidades de Santa Maria: nesta parada as pessoas faziam fila. Sim ! Fila pra pegar o ônibus … nada de bancar o espertinho ou correr desesperado para se atravancar no ônibus. Todos respeitavam. E outra particularidade: pra quem teve a sorte de conseguir sentar num banco, levar a bolsa – sacola de quem estava de pé era lei ! Hoje quando alguém se oferece a gente estranha .. mas lá isso era tão normal e arraigado. Pois é, incontáveis vezes estive nesse Paradão. Claro que ele tinha que aparecer aqui 😉
9. Vila Carolina
E por fim finalizo com essa selfie feita na rua onde eu morava. Eu achava engraçado que todos me perguntavam se eu não tinha medo, visto que eu morava na Vila Carolina, que era tido na época como um bairro super violento e estava sempre estampando as páginas policiais. Era super estranho para todos eu ser de fora e morar lá ! Como assim não morava no centro ? Como assim não morava numa república ? hehe … mas pra mim era super natural, eu estranhava as pessoas perguntarem sobre eu ter medo. Medo ? Eu era pequerrucha quando conheci a Vila Carolina. Passei minha infância e adolescência toda passando maravilhosas férias na Vila Carolina. Ali era uma festa: tantos mimos dos avós, encontros com parentadas, brincadeiras com os primos, novos amigos na rua da minha avó, guloseimas do armazém dos meus avós, contato com a bicharada que meus avós tinham (galinhas, perus, porcos, patos). Nadar na piscininha dos patos era uma festa ! Eram férias e brincadeiras sem fim ! Como eu poderia ter medo de lá ? E quando fui morar lá já mais jovenzinha, foi uma época ainda mais incrível: a experiência de morar com a minha prima-irmã Luka, ser vizinha da Xoxa e da vó Hedy, conviver continuamente com minha prima amada Paula e ver os meninos dela crescerem. Foi tudo de bom. Ahhh a Carolina … as pessoas aos poucos foram partindo … hoje aquela casa segue firme e minha tia Xoxa ainda vive lá e por isso de vez em quando ainda pouso pelo bairro. Sigo sem medo. Sigo sentindo-me em casa naquele bairro e naquela casa. Uma nostalgia. Lembranças maravilhosas. Um amor sem-fim. Minha amada Carolina, me acolheu super bem.
E vocês, que lugar mexe com vocês ? Já pensaram sobre isso ?
Bjkinhas de Pimenta
Relacionado