Nesta semana tivemos mais um episódio de um assalto na Ponte da Amizade e as notícias sobre esse assalto tomaram as redes sociais. A ação dos bandidos ecoou nas redes principalmente porque foi filmada por um turista que estava próximo da van assaltada.
Uma van levando diversos professores que estavam na cidade para um congresso foi assaltada enquanto trafegava pela BR 277, na região já próxima da Ponte Internacional da Amizade, rumo à Ciudad del Este no Paraguai. Era manhã do dia 03 de maio de 2023 e chovia muito, o que facilitou a ação dos assaltantes.
Os assaltantes abordaram a van e um deles entrou no veículo e obrigou o motorista a dirigir até o Jardim Jupira, um bairro que fica bem próximo da região da Ponte da Amizade. Lá todos os ocupantes tiveram seu dinheiro pego assim como celulares e alguns pertences.
O que mais choca nessa história toda é o assalto acontecer a luz do dia, em plena Ponte da Amizade, no meio das filas de carros, entre outros carros e turistas, sem nenhum medo ou receio de ser visto pelas pessoas ao redor.
A bem da verdade choca mesmo é quem nunca viu uma cena assim. Para nós que residimos na fronteira, sabemos que esse tipo de ação não é exatamente uma novidade. A tática é exatamente essa: aproveitar o congestionamento gerado pelas filas para ingresso no Paraguai e assim escolher a vontade o veículo a ser assaltado
Neste episódio desta semana foram 3 os indivíduos que cercaram a van para assaltar mas eu mesma já presenciei uma cena de assalto na Ponte da Amizade onde o assalto era realizado por apenas uma pessoa armada, o que igualmente impelia a reação de qualquer pessoa em volta e deixava todos em pânico.
Isso mostra que não é preciso de muita organização para eles agirem. Tudo que eles esperam é um trânsito lentificado e identificar um carro com potencial para “ganhos”. Ou seja, um carro carregando turistas cheios de dinheiro.
Não há interesse em assaltar turistas na volta para roubar produtos, eletrônicos ou compras. Isso geraria um trabalho a mais, de ter que revender o produto do roubo, além de envolver um volume maior a ser carregado. O foco deles é mesmo o dinheiro, fácil de pegar e fácil de fugir. Igualmente fácil de usufruir do produto do roubo depois.
Há que se lembrar que nesta região de proximidade da Ponte da Amizade onde ocorrem os assaltos na Ponte corresponde a BR do lado brasileiro, região com dupla faixa de acesso para o lado paraguaio mas que não tem meios para que os carros retornem pois há uma grande mureta no meio dividindo da faixa dupla de retorno do outro lado.
Sendo assim, quem se vê no meio do imbróglio, mesmo que um pouco longe de tudo, não consegue nem sair da confusão. Talvez seria até mesmo perigoso se houvessem meios de sair, pois acidentes poderiam até mesmo acontecer se as pessoas tentassem dar fuga ao se darem conta de assalto em algum carro mais a sua frente.
Outro ponto que chama muito atenção nestes assaltos é o fato dos bandidos não se intimidarem de estarem tão próximos da unidade da Polícia Federal da Ponte da Amizade que fica embaixo da entrada da aduana brasileira.
Alguns poderiam achar isso intimidador mas o fato é que não há muito policiamento ali. Não há profissionais suficientes pra isso e o fluxo de pessoas é muito grande e há bastante ramificação na região se fosse o casso de pensar num policiamento regional mesmo. Mas o ideal é que houvesse ao menos ações mais focadas nas áreas mais problemáticas.
Sempre vejo carro da polícia nessa região aos sábados pela manhã. Mas é isso. Ações pontuais. O ideal é que o policiamento fosse mesmo permanente.
A cada vez que um episódio como esse acontece, as redes sociais se movimentam e surge novamente o movimento de cobrança por policiamento e mais segurança nessa região. Mas o fato é que logo que a notícia esfria, todos esquecem novamente.
O mais triste disso não é apenas a perda material que estes turistas sofreram. O pior de tudo é a péssima impressão que essa experiência marca na vida deles. A cada lembrança sobre a viagem a Foz, entre o resumo dos fatos, certamente estará o relato do assalto que sofreram e como tudo aconteceu.
Isso não apenas mancha negativamente a imagem de Foz do Iguaçu perante quem vivenciou a experiência mas também carrega uma imagem negativa para todos aqueles que vão ouvir essa história deste turista que volta pra casa contando tudo da sua viagem. É um rastro que se espalha daqui pra várias pontos do país.
Difícil prevenir. Eu não diria que ir de carro ou van é mais perigoso. Embora obviamente neste caso é.
Mas se pensarmos em proporcionalidade, realmente ainda são raros os casos que acontecem. A mídia acaba ando grande destaque e fica parecendo que é algo corriqueiro ou que pode acontecer a qualquer momento com alguém que for para o Paraguai.
Mas a verdade é que não temos dados concretos para tudo que acontece de errado nesta fronteira pois sabemos que muitos dos golpes e assaltos não são relatados pois os turistas acabam achando que não tem o que fazer, principalmente quando a ação é muito rápida e não envolve tanta movimentação.
Esse episódio da van com os vários turistas, que por sinal eram vários professores participantes de um congresso na cidade, ganhou muito destaque principalmente porque a ação foi filmada por um outro turista. Isso dá uma visibilidade grande para o fato.
Mas ainda assim, é bem possível que os números ainda não sejam tão grandes, mas sempre preocupam nós que moramos aqui na fronteira e principalmente quem luta por uma boa imagem do turismo local.
Mas é aquela história: aquilo que representa um pequeno número de ocorrência para o turismo local, representa 100 % de decepção e tristeza para quem viveu a história. Então tudo passa a ser muito relativo. Depende em que lado da história você está.
O que posso te dizer é que se você tiver muito receio de ter problemas na passagem da fronteira, há sim uma maneira relativamente simples de tentar se proteger. Não é 100 % garantida mas é uma boa tentativa: levar contigo o “dinheiro do roubo”.
Dinheiro do roubo é o dinheiro para ser levado. Aquele dinheiro que não vai fazer falta. Claro que não pode ser literalmente um dinheiro que não vai fazer falta. Afinal se você separar apenas “dez pila” para ser teu dinheiro do roubo e jurar para o ladrão que é o único dinheiro que você tem, enquanto está prestes a atravessar a fronteira para fazer compras no Paraguai, é certeza que ele vai duvidar de ti.
Como você pretende fingir que é dinheiro que você tem, tem que ser um valor crível. Aquele valor que você “aceita perder”. Tipo cem pila, duzentos pila. Aí tu vai me dizer: “Mas Paty, tu tá louca ? Eu não vou deixar 200 reais separado para dar de graça pro ladrão !”
Aí eu te pergunto: “- Você prefere perder 200 reais ou perder 2 mil reais ?”
Convenhamos … se você for comprar a cota que seja, já serão aí mais de 2 mil reais. Já pensou perder 500 dólares ? Um casal perdendo mil dólares ? Não dá né ? Então pensa num valor que você aceita perder e entenda que se esse valor for baixo demais, ninguém vai acreditar que é o único dinheiro que você tem. Pode ser 200 reais, pode ser 400, pode ser menos se você acha que é demais, isso é com você.
Coloque esse dinheiro numa carteira simples e deixe na sua bolsa. E teu dinheiro mesmo procure levar em uma doleira junto do seu corpo. Ou então coloque em outro local super escondido que não possa ser achado, uma carteira escondida no porta-malas, sei lá. Um lugar que você só vai acessar na hora de pegar o dinheiro para sair pras compras lá.
Existem vários tipos de doleiras, de vários materiais. E elas serão úteis não apenas no Paraguai mas em vários tipos de situações são práticas. Em viagens ao exterior as pessoas costumam usar muito as doleiras mas também em outras situações como quando vão a lugares muito movimentados.
Uma ida a um show, a um evento de fim de ano ou qualquer local que gostaria de deixar seu dinheiro e documentos mais seguros.
Alguns modelos de doleiras tem compartimentos diferentes, você pode separar o dinheiro por “tipos de moedas” ou mesmo separar o dinheiro dos documentos pessoais por exemplo.
E o bom é que em geral as doleiras são muito discretas, finas e passam facilmente desapercebidas quando usadas junto do seu corpo por dentro da roupa.
Isso é só pra fazer a passagem. Depois você pode deixar seu dinheiro mais próximo de você é claro e ir fazer suas compras feliz da vida. Só sempre tomando sempre os devidos cuidados como sempre devemos tomar em lugares cheios e movimentados.
Pode até ser uma medida extrema e exagerada mediante um fato que a gente ouve falar tão poucas vezes em Foz do Iguaçu. Mas é como eu disse. Poucas vezes é uma ninharia para a polícia. Mas é 100 % de arrependimento e tristeza para quem passou por isso.
Lembrando que estes assaltos acontecem em geral relacionados a turistas que vão em vans, táxis ou então em carros com placas de outras cidades, sempre na ida para as compras. Já tivemos relatos também de assalto em moto-táxi, onde o próprio moto-táxi era o assaltante no caso, mas a pessoa não pegou ele nos locais ali no entorno, onde todos conhecem os moto-boys que trabalham.
Eu particularmente quando estaciono no lado brasileiro sempre deixo no estacionamento do Omar no lado esquerdo do acesso a Ponte da Amizade, ali bem próximo da rua que dá acesso a saída da aduana. E moto-táxi também pego sempre ali nos moto-táxis que ficam próximos do Omar.
Nesta foto acima vocês podem ver o estacionamento Bismillah, que fica logo a esquerda do estacionamento do Omar. É neste pondo de moto-taxis a frente do Bismillah que eu costumo pegar moto quando vou de moto-táxi para o Paraguai. Mas há vários pontos de moto-táxis nesta rua, assim como vários estacionamentos.
Sempre pergunte o valor antes da corrida bem como o valor do estacionamento antes. E sempre dou dicas também sobre lugares seguros para estacionar no Paraguai, tem inclusive vídeo no canal sobre isso. Eu costumo estacionar muito no Shopping Paris ou no Shopping Americana.
Não quero que essa postagem pareça algo alarmante. Como eu disse, os casos ainda não são assim tão frequentes. Mas ao mesmo tempo é sempre triste pensar no que representa para quem passou por isso. E é difícil calcular quantos casos assim não chegam ao nosso conhecimento pois não houve um vídeo filmando a ação ?
Não é motivo pra deixar de vir mas sim pra ponderar em como fará sua travessia da forma mais segura possível.
Ronald
julho 5th, 2023 as 03:24 (#)
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